Páginas

20 de agosto de 2010

Fisioterapia, realmente vale a pena fazer?



Caros amigos, após alguns anos de afastamento devido a uma série de fatores, inclusive a decepção, aqui estamos novamente com o ânimo renovado e interesses, da mesma forma, diferenciados. Trataremos de um tema que me deixa perturbado desde que me tornei profissional Fisioterapeuta. Não é difícil ouvir nos corredores das clínicas, padarias e consultórios médicos, pacientes insatisfeitos com o tratamento fisioterápico que realizaram por longas 120 sessões diárias e sacais, onde o mesmo tinha que entrar na fila do aparelho, e em seguida na fila do outro aparelho, para no final de tudo desistir, sem o sucesso esperado e com a esperança no nosso tratamento despedaçada. Muitos desistem mesmo! Não recebem alta, nem melhoram, nem coisa nenhuma. Simplesmente, cansam de perder a manhã ou a tarde toda dentro de um box esperando receber o "choquinho" e o "banho de luz", isso quando não são esquecidos pelo fisioterapeuta no fim do expediente.


Meus colegas, isso já deveria ter acabado. Existe toda uma condição sócio-política por trás destes acontecimentos. Afinal, não acredito que alguém receba um treinamento numa Instituição de Ensino Superior - por pior que algumas sejam - que tenha como base a operação de aparelhos de eletroterapia ou alongar e fortalecer, somente. Não precisaríamos de 5 anos de graduação para executar procedimentos tão inespecíficos e automáticos. Contudo, não entraremos neste âmbito, por ora. O que tenho a dizer é que, mesmo com toda a correria da fisioterapia clínica, todos os profisisonais têm condições de executar e planejar um tratamento que venha a trazer benefícios para os pacientes. Depende mais do perfil do profissional, do que das condições políticas da classe. A atitude de propor um tratamento sério é responsabilidade de quem está ali para tratar. Não devendo este se esconder atrás de insatisfação com convênios de saúde ou com qualquer outro fator externo.


A eletroterapia FUNCIONA! Contudo, quando utilizada com critério, objetivo e quando se tem em mente a real disfunção que o paciente apresenta. Um caso muito comum nas clínicas se trata da CIATALGIA, comum em pacientes com disfunções da coluna vertebral e/ou da musculatura extensora de quadril, que devem ser tratados com Osteopatia, na intenção de reversão das disfunções biomecânicas e musculares, mas que também pode mostar resultados com terapia de analgesia. Um estudo recente analisou a eficácia do Ultra-som na redução álgica de ratos submetidos a modelo experimental da ciatalgia. Foram utilizados na pesquisa 3 grupos amostrais, de modo que 2 deles receberam o tratamento com  densidades de potência de 0,5 W/cm² e 1 W/cm², respectivamente, e o terceiro recebeu placebo. Foi evidente a diminuição no quadro de dor dos dois primeiros grupos, principalmente no que recebeu a densidade de potência de 0,5 W/cm². Isso nos mostra que o problema está nos profissionais que atendem os pacientes, não nos recursos dos quais a fisioterapia dispõe. 

Só peço aos colegas descontentes que tomem cuidado com o modo como estão cuidando de sua profissão. Pois para o paciente, o que importa é que a FISIOTERAPIA não resolveu seu problema, quando na verdade quem não atuou como deveria foi O FISIOTERAPEUTA. Zelo, pelo próprio nome, é como finalizo o primeiro post desta nova fase deste blog. 

Abraço a todos!

6 comentários:

Anônimo disse...

Reinaldo, não desanime!
A vontade de melhorar pertence ao paciente e não ao terapeuta. Para mim: boa avaliação e vontade de curar-se do paciente = melhora. Sem isso, eletroterapia, antiinflamatório, etc.

Abs. Leandro.

Reinaldo T. dos Anjos - Fisioterapeuta disse...

Caríssimo Leandro

Obrigado por fazer um comentário neste blog, esteja à vontade para se expressar por aqui. Comentário muito interessante, diga-se de passagem. Como você falou, realmente a vontade de melhorar pertence ao pcte. Já me deparei com pctes queriam melhorar, asssim, não teve estudo, técnica, procedimento ou colega pra quem encaminhei que desse jeito. Contudo, o que me desanimou, durante um tempo, ver um pcte que buscava um resultado acompanhado por um colega que não se dispunha a para um minuto e pensar numa conduta minimamente de acordo com a situação.

Forte Abraço!

Anônimo disse...

Olá professor Reinaldo!
muito interessante a forma como você abordou a eficácia dafisioterapia.
o pouco que conheço desta profissção, deu realmente para notar o quanto a maioria dos pacientes desistem do tratamento. E realmente acredito que falta um carinho especial ao cuidar da saúde de alguém, a começar durante o curso de FISIOTERAPIA. O profissinal, em qualquer área deve ter uma dedicação maior. FISIOTERAPIA VALE SIM A PENA FAZER! COM MAIS DEDICAÇÃO, COM MAIS AMOR DO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA.

Waléria Lira.

Reinaldo T. dos Anjos - Fisioterapeuta disse...

Como vai Waléria

Obrigado por dividir sua idéia conosco. Vale a pena sim! Como vc mesma disse. Contudo, nosso amigo Leandro aqui em cima, destacou algo muito importante, lembremos disso! O pcte deve ter em si a vontade de melhorar. Caso contrário, não há recurso terapêutico que dê jeito! Seja fisioterapêutico, médico, ou coisa parecida!

Um Forte Abraço!

Lázaro J. Teixeira disse...

Prezado Dr. Reinaldo:
Agradeço imensamente sua visita e considerações sobre o site. Imediatamente retribui a visita e gostei muito do seu posicionamento.
Parabéns pelo elevado nível de suas postagens.
Sobre a questão de que "a Fisioterapia vale a pena?" fiz alguns comentários que tem a ver com esta postagem no link
(http://www.fisioterapiaemevidencia.com/2010/05/media-da-remuneracao-de-estagios.html)
Um grande abraço e até mais,

Anônimo disse...

Olá Reinaldo fale um pouco de fibromialgia,gostaria de saber um pouco mais já li vários artigos sobre este assunto mas não consigo chegar uma conclussão.
Entre vários especialistas que já passei o último foi o Neurologista,que me receitou vários remédios para fibromialgia.
Gostaria de saber se incha com movimentos dos membros?

Lúcia Floriano